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15/09/2016Transporte rodoviário de passageiros: BRT vai reduzir em média 60% o tempo de viagem

O ministro dos Transportes e Comunicações diz que o Governo vai continuar a apostar na intermodalidade do transporte público urbano e na melhoria das condições para a assistência técnica dos autocarros, como forma de resolver o problema de transporte público de passageiros, que afecta as principais cidades do País.
De acordo com Carlos Mesquita, apesar do esforço empreendido pelo Executivo na melhoria do serviço de transporte, ainda se verifica um défice na cobertura e satisfação das necessidades reais do público utente, em especial nas horas de ponta.
Como medidas de impacto imediato para colmatar esta situação, foi reforçada a frota dos transportes para aumentar a disponibilidade dos meios, tendo sido adquiridos 86 autocarros em 2015 e 50 no presente ano, que foram alocados, respectivamente, aos operadores públicos e sector privado.
E é por ter noção de que a solução deste problema que afecta as principais cidades do País não passa somente pela aquisição de novos autocarros que o Governo está a apostar na intermodalidade, através da combinação do transporte rodoviário com o ferroviário.
“Em 2015, adquirimos mais meios circulantes para o transporte ferroviário por se mostrar mais vantajoso na sua capacidade. Como resultado disso, no primeiro semestre deste ano, o tráfego ferroviário de passageiros cresceu 58.5% e 31% no sistema ferroviário Centro e Norte, respectivamente”, disse o ministro dos Transportes e Comunicações.
“No que diz respeito à assistência técnica dos autocarros, está na fase conclusiva a construção e apetrechamento de uma oficina multimarca na cidade da Matola, concebida para responder à necessidade de assistência técnica aos meios adquiridos para o transporte público urbano. A nossa aposta é evitar a recorrente situação de o Estado adquirir meios que durem muito menos do que a sua vida útil por falta de manutenção”, acrescentou Carlos Mesquita, que falava esta quarta-feira, 14 de Setembro, na cidade de Maputo, na abertura do primeiro Simpósio de Transportes Públicos de Passageiros.
O simpósio, alusivo aos 80 anos de criação da Empresa Municipal de Transportes Rodoviários de Maputo e que tinha como objectivo partilhar experiências e desafios de gestão de transporte público urbano, teve como um dos oradores Richele Cabral, directora de Mobilidade Urbana da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro, Brasil, que falou das medidas adoptadas por aquela cidade para resolver o problema de transporte público, sendo uma delas a introdução do “Bus Rapid Transit” (BRT), a ser construído na capital moçambicana pela Odebrecht.
“O BRT reduz em média 60% o tempo de viagem, tem rápida implantação, além de custar menos em relação aos outros meios de transporte”, explicou Richele Cabral, que referiu que no Rio de Janeiro foi construída uma rede de BRT de 160 quilómetros, o que permitiu que a população que usa o transporte público passasse, em oito anos, de 13% para 64%.
Por seu turno, a presidente do Conselho de Administração da Empresa Municipal de Transportes Rodoviários de Maputo, Maria Iolanda Wane, considerou que “o simpósio serviu para projectar soluções adequadas aos grandes desafios que se colocam na gestão dos transportes públicos na cidade de Maputo, em particular, e no País, em geral”.
Painel principal que presidiu a abertura do Simpósio sobre transporte público urbano
Richele Cabral directora de Mobilidade Urbana da Federaçao das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro Fetranspor
Maria Iolanda Wane PCA da EMTPM
Carlos Mesquita Ministro dos Transportes e Comunicações
Participantes no Simpósio sobre transporte público urbano
Foto em família