A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) pretende mobilizar e envolver o empresariado nacional, na mitigação dos efeitos das calamidades naturais que estão a afectar o País, concretamente nas regiões Centro e Norte, e que têm resultado na perda de vidas humanas, bens e infraestruturas.
Para o efeito, esta agremiação anunciou esta sexta-feira, 16 de Janeiro, a criação de um fundo para o qual o sector privado poderá canalizar as suas contribuições, sendo que o mesmo inclui uma conta bancária para efeitos de depósito em dinheiro e instalações para o armazenamento de produtos diversos resultantes das contribuições.
De acordo com Rogério Manuel, presidente da CTA, que falava após o encontro com os empresários, “a ajuda às vítimas das calamidades é da responsabilidade de todos. Há concidadãos nossos a morrerem em várias regiões do País e o gesto de cada um de nós pode ajudar a salvar vidas. Vamos dar o que pudermos e tivermos”.
E porque as calamidades ocorrem ciclicamente no País, Rogério Manuel referiu que este fundo será de carácter permanente, o que significa que estará preparado para prestar apoio em qualquer período.
“A nossa acção, através deste fundo, será contínua. Não queremos continuar a reagir às situações sempre que elas ocorrem. Haverá uma equipa permanente que vai trabalhar especificamente nesta área”, referiu o presidente da CTA, que acrescentou que já existem instalações na zona Sul onde serão armazenados os produtos a serem angariados, sendo que está a ser feito um trabalho no sentido de identificar locais nas regiões Centro e Norte para o efeito.
Esta iniciativa colheu consenso por parte dos membros da CTA que participaram no encontro, entre os quais Rogério Samo Gudo, presidente do Conselho de Administração da MCNet, que considera ser também papel do sector privado prestar apoio às pessoas necessitadas.
“É uma ideia louvável. Devemos prestar a nossa solidariedade aos nossos irmãos. Pensamos que como CTA podemos contribuir para a mitigação dos efeitos das calamidades e minorar o sofrimento das pessoas”, disse Rogério Samo Gudo.
Numa primeira fase, a CTA irá prestar apoio às famílias das vítimas de envenenamento em Chitima, província de Tete, e aos afectados pelas cheias que assolam as regiões Centro e Norte.
Por exemplo, só na província da Zambézia as cheias já fizeram 15 mortes e sete mil desalojados, para além da destruição de diversas infraestruturas, sendo uma delas a ponte sobre o rio Licungo, impedindo a ligação entre o Norte e o resto do País.
Membros da CTA durante encontro sobre criação do Fundo de Responsabilidade Social da CTA
Rogério Manuel – Presidente da CTA
Rogério Samo Gudo – Presidente do Conselho de Administração da MCNet