A ministra do Trabalho, Emprego e Segurança Social, Vitória Diogo, exortou as instituições de ensino médio e superior a apostar, cada vez mais na qualidade, com vista a garantir uma rápida e fácil inserção dos seus graduados no mercado de trabalho.
De acordo com Vitória Diogo, as instituições devem criar condições para que os seus alunos conheçam e respondam às reais necessidades do mercado de trabalho, o que passa por atribuir maior relevância aos conteúdos curriculares e pedagógicos.
“A empregabilidade dos graduados também constitui um barómetro de qualidade de formação, através da qual os cursos e as instituições de ensino são avaliados pela sociedade”, considera a ministra, que proferiu, segunda-feira, 20 de Fevereiro, uma aula de sapiência na sessão solene de abertura do ano lectivo no Instituto Politécnico de Tecnologia e Empreendedorismo (IPET), subordinada ao tema “Formação Técnico-Profissional e Empreendedorismo Juvenil em Moçambique”.
Do lado do Governo, acrescentou, “temos vindo a adoptar políticas que dão grande ênfase ao aprimoramento do trabalhador, através da formação profissional e dos estágios pré-profissionais, para que este se torne apto e possa concorrer no mercado de trabalho, e, já estando lá, conquiste o seu espaço”.
Entretanto, dirigindo-se aos estudantes, Vitória Diogo apelou para a necessidade de olhar para o empreendedorismo como alternativa ao mercado de trabalho pois “a nossa economia ainda não consegue absorver os cerca de 300 mil jovens que entram anualmente para o mercado de trabalho”.
Por exemplo, no período 2015-2016 foram criados cerca de 580.000 empregos, sendo 235.739 sido preenchidos por graduados do ensino técnico-profissional. Para este ano, prevê-se que sejam criados 281.000 postos de trabalho, contra 270.000 do ano passado.
“Numa economia como a nossa, são necessários muitos empreendedores e que sejam capazes de abrir negócios para satisfazer as necessidades dos consumidores. Deixemos de pensar que estudamos para sermos pura e simplesmente futuros eternos empregados. Devemos inculcar o pensamento de que o fazemos também para sermos empresários do amanhã, aprendendo a transformar uma ideia como ponto de partida para a criação do nosso próprio negócio”, disse a governante.
Por seu turno, o director-geral do Instituto Politécnico de Tecnologia e Empreendedorismo, Eusébio Saíde, focou o seu discurso na necessidade de o País investir na formação do capital humano com vista a “suprir a necessidade de mão-de-obra qualificada e estimular a produção e a produtividade”.
Mesa que presidiu a oração de sapiência da Ministra do Trabalho Emprego e Segurança Social
Eusébio Saíde Director Geral do IPET
Vitória Diogo Ministra do Trabalho Emprego e Segurança Social
Participantes na oração de sapiência