Nos últimos três meses, o serviço de Oncologia do Hospital Central de Maputo (HCM), diagnosticou 24 novos casos de cancro da mama, segundo revelou Otília Soares, médica especialista da maior unidade sanitária do País.

A médica oncologista partilhou estes dados no decurso de uma palestra promovida, sexta-feira, 18 de Outubro, em Maputo, pela Tmcel – Moçambique Telecom SA, em parceria com o Ministério da Saúde (MISAU) e o Movimento Outubro Rosa, no âmbito do mês da luta contra o cancro da mama.

Realizada sob o lema: “Toca-te, Sente-te e Reage”, a iniciativa teve por objectivo consciencializar as pessoas sobre a importância da prevenção e do rastreio desta doença e envolveu colaboradores da operadora de telecomunicações, bem como outras pessoas interessadas na matéria.

Dada a gravidade da situação, a médica oncologista recomendou às mulheres, particularmente na faixa dos 35 aos 65 anos de idade, sem sintomas presentes de cancro da mama, a fazer o diagnóstico precoce, através da realização de uma ecografia e mamografia, de dois a dois anos, com vista ao despiste da doença.

“De todos os cancros que afectam a mulher, o cancro da mama é o segundo mais frequente, sendo o cancro do colo do útero o primeiro e a maior causa de morte nas mulheres”, explicou Otília Soares.

A propósito da iniciativa, Felícia Nhama, coordenadora do Gabinete de Responsabilidade Social Corporativa da Tmcel, disse que a empresa decidiu realizar esta acção com o objectivo de sensibilizar e consciencializar a sociedade sobre esta enfermidade, assim como enaltecer a importância de realizar o exame para a prevenção e tratamento da doença.

“Nesta palestra, a doutora Otília forneceu-nos informação sobre o que está a acontecer na saúde pública, em particular sobre o cancro da mama. Contámos ainda com o apoio da Associação Casa Rosa, uma organização dedicada ao apoio e aconselhamento das mulheres que são diagnosticadas com cancro da mama.

Por sua vez, Edite Dimene, da Associação Casa Rosa, uma mulher que venceu o cancro, deixou ficar o seu testemunho de luta contra esta doença, tendo igualmente feito o seguinte apelo: “Vamos fazer o autoexame. Se sentirmos algo lá dentro, devemos dirigir-nos directamente ao centro de saúde mais próximo”, concluiu.