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21/06/2023Empresárias moçambicanas desafiadas a criar soluções verdes

No âmbito das celebrações do Mês do Ambiente, o Standard Bank promoveu, recentemente, a segunda sessão do Lioness Lean Verde, um evento que reúne mulheres empreendedoras, detentoras de empresas ambientalmente sustentáveis, através do qual se pretende estimular o desenvolvimento de negócios verdes, com um impacto positivo no ambiente e na sociedade.
O evento, que decorreu em formato híbrido e que visava a partilha de experiência e criação de redes de contacto entre as participantes, foi organizado em parceria com a Lionesses of Africa e a Cooperação Alemã para o Desenvolvimento (GIZ).
“Pretendemos, através deste evento, apoiar o empreendedorismo sustentável e mostrar que, em Moçambique, também podemos criar soluções verdes investindo nas mulheres moçambicanas, que têm determinação, bravura e tantas outras qualidades. Pretendemos, ainda, tornar Moçambique mais sustentável e amigo do ambiente, pois acreditamos que é possível. Queremos deixar uma geração mais consciente”, explicou a representante do Standard Bank, Neusa Xavier.
Na ocasião, a fundadora e directora executiva da Lionesses of Africa, Melanie Hawken, considerou que a mulher pode desempenhar um papel importante no alcance dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) no país e no continente africano.
“A mulher é apaixonada por fazer a diferença, impactar vidas de forma positiva e encontrar soluções verdes para os desafios ambientais. O meu apelo é que elas devem trabalhar umas com as outras e criar parcerias de modo a encontrar soluções verdes para os desafios que o continente e o mundo enfrentam”, sublinhou.
O empoderamento económico e a transformação verde constituem, também, apostas da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento, cuja representante, Sindy Karberg-Manuel, se comprometeu a continuar a apoiar iniciativas que visem este fim. “Acreditamos que as oportunidades são únicas, por isso o nosso apelo é que exploremos todas as possibilidades para mudarmos o mundo”.
O evento contou com sete oradoras e expositoras, nomeadamente Marta Uetela (fundadora da BioMec), Cátia Siueia (fundadora da Animate),
Iara Muchanga é uma jovem que produz peças de bijuteria com recurso a escamas e cabeças de peixe, entre outros materiais, como alternativa à matéria-prima que é usada na área da moda, que, conforme explicou, é a segunda indústria que mais polui o meio ambiente.
“A moda é algo necessário, mas não obrigatório. Todas nós gostamos de roupa, brincos, acessórios e tudo o que é necessário para a nossa auto-estima. Muitos tecidos são feitos de plástico, concretamente do polímero, que leva muito tempo para se biodegradar, para além de que a moda é a segunda indústria que mais polui o ambiente”, frisou.
A oradora, que é formada em Química, disse pretender recolher lixo e usá-lo na moda porque “almejo encontrar um equilíbrio entre o meu sonho e a sustentabilidade ambiental. A moda é uma indústria muito tóxica, por isso vamos transformar essa indústria numa coisa bonita e fazer a diferença”.
Para Nívia Manhiça, participante, o evento serviu para despertar em si a necessidade de se olhar mais para a questão do ambiente. “Fazer parte de um evento como este transformou a minha mentalidade, e, a partir de hoje, vou começar a agir de forma diferente no que concerne ao ambiente e à sustentabilidade. Falamos de aspectos importantes, que cada uma de nós, no seu ambiente caseiro e familiar, pode implementar e ajudar a transformar o meio ambiente”.

Neusa Xavier, representante do Standard Bank

Sindy Karberg Manuel, representante da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento

Participantes

Exposição

Iara Muchanga, oradora

Nívia Manhiça, participante

Exposição