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Para melhorar construção e qualidade das obras públicas: Fernando Rafael colhe subsídios dos engenheiros e empreiteiros
Encontro com a Federação Moçambicana de Empreiteiros (2)

Encontro com a Federação Moçambicana de Empreiteiros (2)

O ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Fernando Rafael, manteve, recentemente, encontros separados com a Federação Moçambicana de Empreiteiros (FME) e a Ordem dos Engenheiros de Moçambique (OrdEM) para colher subsídios que conduzam à adopção de mecanismos que permitam uma maior participação das empresas nacionais no sector da construção e à melhoria da qualidade das obras públicas.

Na ocasião, o governante destacou a importância das duas agremiações como parceiros estratégicos na busca por maior qualidade nas infra-estruturas públicas, tendo defendido a necessidade a FME e a OrdEM, em coordenação com o Governo, trabalharem no sentido de melhorar as condições dos seus associados.

Defendeu, ainda, a necessidade de revisão dos instrumentos normativos que regulam o sector da construção, com o objectivo de garantir um ambiente mais justo e competitivo no mercado. Por isso, “é importante que mantenhamos encontros regulares, com pautas bem definidas e estruturadas, incluindo acções e metas de curto, médio e longo prazos”.

Durante os encontros, os intervenientes foram unânimes em apontar a necessidade de um maior equilíbrio nas exigências dos concursos públicos e de políticas que favoreçam a participação dos engenheiros e empreiteiros nacionais no desenvolvimento do sector da construção em Moçambique.

A Ordem dos Engenheiros de Moçambique, representada pelo respectivo bastonário, Feliciano Dias, considera pertinente a revisão de alguns aspectos nos documentos dos concursos públicos, alertando que, em certos casos, as exigências impostas ultrapassam as capacidades dos engenheiros nacionais.

“Temos, também, a questão da transversalidade. Alguns concursos apresentam exigências que, por vezes, não condizem com a complexidade real das obras, o que pode comprometer o resultado final”, apontou o bastonário.

A OrdEM referiu-se, ainda, à valorização da mão-de-obra local e à fiscalização de algumas infra-estruturas: “A fiscalização de escolas e hospitais, por exemplo, deve ser realizada por profissionais moçambicanos, reservando a contratação de especialistas estrangeiros apenas para áreas de especialização que ainda não existam no País”.

Por seu turno, o presidente da Federação Moçambicana de Empreiteiros, Bento Machaíla, mostrou-se preocupado com o que considera favorecimento a empresas estrangeiras, sobretudo de origem chinesa. Para si, este e outros aspectos minam a concorrência saudável que se pretende no mercado da construção: “Gostaríamos que o Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos apoiasse a nossa proposta de revisão, que já foi submetida ao Ministério da Economia e Finanças, em Dezembro”.

Mais do que lamentações, a FME levou ao encontro propostas de reformas concretas para o sector da construção, bem como para o fomento da habitação, principalmente para os jovens: “Viemos partilhar a nossa visão e esperamos que o Ministério implemente as reformas necessárias para que o Estado construa infra-estruturas resilientes, tendo em conta as mudanças climáticas”.

 

Fernando Rafael, ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos

Fernando Rafael, ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos

 

Feliciano Dias, bastonário da Ordem dos Engenheiros de Moçambique

Feliciano Dias, bastonário da Ordem dos Engenheiros de Moçambique

Bento Machaíla, presidente da Federação Moçambicana de Empreiteiros

Bento Machaíla, presidente da Federação Moçambicana de Empreiteiros