José Pacheco, director de Gestão de Risco do Standard Bank (2)
Identificados os maiores riscos nos negócios das PME
30/09/2025
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Standard Bank capacita empreendedores para uma gestão financeira sustentável
Sheron Manjate, analista de clientes da Banca Corporativa e de Investimentos do Standard Bank

Sheron Manjate, analista de clientes da Banca Corporativa e de Investimentos do Standard Bank

O Standard Bank, através da sua Incubadora de Negócios, promoveu, recentemente, uma masterclass virtual subordinada ao tema “Literacia Financeira e Finanças Empresariais”, enquadrada nos esforços do Banco em dotar as Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME), bem como os empreendedores, de conhecimentos essenciais para uma gestão financeira sustentável e consciente.

A sessão foi ministrada por Sheron Manjate, analista de clientes da Banca Corporativa e de Investimentos do Standard Bank, que destacou a importância de uma boa gestão financeira como factor determinante para a sobrevivência e o crescimento dos negócios, sobretudo em ambientes de crise.

Na sua intervenção, a especialista chamou à atenção para o facto de não ser suficiente ter o melhor produto, o preço mais competitivo, a melhor estratégia de marketing e até clientes fiéis, se a empresa não conseguir controlar as suas finanças. Conforme explicou, muitos empreendedores não sabem se as suas empresas são realmente lucrativas ou se têm níveis de dívida tão elevados que podem levá-las à falência.

Durante a masterclass, foram partilhadas práticas simples e aplicáveis no dia-a-dia, como a definição correcta do preço dos produtos e serviços, a separação entre as finanças pessoais e empresariais e a necessidade de o empreendedor estabelecer um salário fixo para si, evitando retirar recursos da empresa de forma descontrolada.

Foram igualmente apresentados os quatro pilares das finanças empresariais, nomeadamente o planeamento financeiro, financiamento, investimentos e gestão de riscos. Os participantes foram aconselhados a definir metas SMART (específicas, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e temporais, em inglês) e a utilizar o orçamento como ferramenta essencial para controlar as receitas e as despesas, identificando e corrigindo desvios a tempo.

A sessão destacou ainda a importância de analisar cuidadosamente as fontes de financiamento, seja através de lucros próprios ou de crédito bancário, bem como de aplicar recursos excedentes em opções de investimento seguras e rentáveis, capazes de reforçar a sustentabilidade do negócio.

O outro aspecto abordado foi o funcionamento do Imposto Simplificado para Pequenos Contribuintes (ISPC), destinado a empreendedores com volume de vendas anual de até 2.500.000 meticais, que prevê o pagamento de um imposto de 3% no primeiro ano de actividade, de forma integral ou parcelada.

Para pequenos negócios, este regime apresenta vantagens, como a dispensa de contabilidade organizada e a redução de custos burocráticos. Uma vez ultrapassado o limite, contudo, o empreendedor passa a estar sujeito ao Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRPC), com uma taxa de 32% sobre a matéria colectável.

“É importante que os empreendedores compreendam estes regimes fiscais, porque uma gestão fiscal clara e planeada não só garante o cumprimento das obrigações legais, como também evita surpresas que podem comprometer a continuidade do negócio”, sublinhou Sheron Manjate, acrescentando que a masterclass contribuiu para reforçar a gestão sólida dos negócios e aumentar as hipóteses de sucesso e sustentabilidade.