A empresa Tmcel – Moçambique Telecom defende a união de sinergias por parte de diversos sectores da sociedade de modo a garantir que as tecnologias de informação e comunicação (TIC) cheguem às comunidades mais vulneráveis no País, num contexto em que somente uma pequena percentagem da população tem acesso à conectividade, aos dispositivos móveis e, sobretudo, à internet.

Para a Tmcel, este exercício deve começar a partir da educação para permitir que as crianças e os jovens cresçam com as ferramentas digitais integradas no seu quotidiano, tanto para uso pessoal assim como para aplicação em ambientes profissionais no futuro.

Conforme explicou a coordenadora de Comunicação Corporativa e Responsabilidade Social da Tmcel, Felícia Nhama, a empresa tem promovido iniciativas de inclusão digital na sociedade, através de parcerias público-privadas, tais como o desenvolvimento e instalação de centros multimédia comunitários em várias regiões do País, bem como a instalação de salas de informática nos distritos, em colaboração com o Governo, com o objectivo de garantir o acesso das comunidades ao mundo digital.

“Para além do lucro, as empresas devem procurar, através do seu próprio negócio, partilhar valor e beneficiar as comunidades onde estão inseridas. Para a Tmcel, essa é a maior expressão da responsabilidade social. Mais do que investimento financeiro em projectos pontuais, trata-se de promover o desenvolvimento comunitário sustentável”, frisou Felícia Nhama.

A coordenadora de Comunicação Corporativa e Responsabilidade Social da Tmcel falava, recentemente, na cidade de Maputo, no workshop sobre “Parcerias Estratégicas com o Sector Privado para Resultados em Favor das Crianças”, organizado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

O encontro tinha como objectivo discutir como as empresas podem integrar os direitos das crianças nas suas estratégias de negócio, gerando um impacto positivo para as crianças, famílias e comunidades.

Na ocasião, a representante do UNICEF em Moçambique, Mary Louise Eagleton, referiu-se à fraca capacidade institucional, humana e financeira como os principais desafios à promoção da literacia digital no País, onde ainda continua baixa. “É essencial contar com professores capacitados e com habilidades digitais, bem como com gestores preparados para conduzir o sector da educação”.

“O nosso sonho é garantir a conectividade em todas as escolas e centros de juventude do País. Estamos a falar de cerca de 14.000 escolas, que precisam de ter acesso a plataformas diversas, dentro e fora do espaço escolar, tanto online como offline. “Pretendemos, ainda, promover a literacia digital e o apoio à aprendizagem, criando competências críticas para o futuro de 10 milhões de crianças dentro das escolas e 4 milhões de crianças fora delas, além de beneficiar mais de 60 mil professores em todo o País”, disse Mary Louise Eagleton.