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21/06/2025Congresso em Maputo celebra 500 anos anos do nascimento de Luís Vaz de Camões

O académico e chanceler da Universidade Politécnica, Lourenço do Rosário, considera que a celebração dos 500 anos do nascimento de Luís Vaz de Camões, em Moçambique, representa o resgate de uma figura heróica num contexto de estratégias geopolíticas globais em constante transformação.
Esta posição foi partilhada pelo académico durante a abertura do II Congresso do Meio Milénio do Nascimento de Luís de Camões, promovido pela Universidade Politécnica, Universidade Eduardo Mondlane (UEM) e Rede Camões na Ásia e em África, que decorreu sexta-feira, 6 de Junho, na cidade de Maputo, devendo escalar, no próximo dia 10, a Ilha de Moçambique, na província de Nampula.
Lourenço do Rosário realçou a responsabilidade da academia de analisar a história e a forma como a sociedade actual reflecte o percurso histórico dos seus antepassados. “Moçambique não pode ignorar o seu passado histórico. Por isso, considero fundamental celebrar aqui os 500 anos do nascimento de Camões, tal como foi em Macau em 2024 e será em Goa em 2026”, explicou.
Por seu turno, Narciso Matos, reitor da Universidade Politécnica, acrescentou que a vida e a obra de Camões moldaram a literatura portuguesa e a cultura mundial, inspirando gerações e mantendo-se relevantes até aos dias de hoje.
“Durante o congresso, debruçar-nos-emos sobre a sua vivência em Moçambique e a sua relação com o Oceano Índico, numa oportunidade para reler Camões a partir de África, numa perspectiva plural”, afirmou.
Na ocasião, o reitor da Universidade Eduardo Mondlane, Manuel Guilherme Júnior, destacou a parceria entre as instituições como um sinal da vitalidade e do alcance da obra de Camões, cinco séculos após o seu nascimento.
“Esta colaboração demonstra que as obras de Camões são textos contemporâneos, renovados pelos olhares de docentes, investigadores e leitores. Celebramos não só o nascimento de Camões, mas também a sua sobrevivência activa no presente e o seu potencial no futuro. Este evento deve ser uma ocasião para reavaliarmos criticamente as formas como lemos, ensinamos, traduzimos, citamos e pesquisamos”, afirmou.
Amaral Lopes, adido da Embaixada de Portugal para os Assuntos Culturais, considerou que a relação de Camões com África e Ásia contribui para uma apreciação mais abrangente da sua obra: “As celebrações do primeiro meio milénio do nascimento de Camões representam uma oportunidade de reconhecimento colectivo e as comemorações servem para enaltecer o valor da poesia”, concluiu.

Lourenço do Rosário, chanceler da Universidade Politécnica

Narciso Matos, reitor da Universidade Politécnica

Amaral Lopes, adido da Embaixada de Portugal para os Assuntos Culturais

Manuel Guilherme Júnior, reitor da Universidade Eduardo Mondlane

Participantes



