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08/12/2016Avaliados em cerca de 20,700 mil milhões de meticais: INSS decide reforçar alguns investimentos e retirar-se de outros
O Conselho de Administração do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), reunido em sessão alargada, decidiu, em grande parte, manter, consolidar e até mesmo reforçar os seus investimentos alocados em diferentes sectores económicos moçambicanos, actualmente avaliados em cerca de 20,700 mil milhões de meticais distribuídos por activos, mormente em depósitos a prazo, obrigações de tesouro, participações em sociedades e no desenvolvimento imobiliário.
O INSS decidiu, por outro lado, ponderar sobre a retirada de algumas das suas participações em sociedades, que representam uma exposição ao risco. Tais posições serão confirmadas em próxima sessão do Conselho de Administração do INSS, a ter lugar ainda este mês.
Actualmente, o INSS detém participações em empresas de diversos sectores de actividade, como é o caso do ramo financeiro, de alimentos e bebidas, de construção civil, de hidrocarbonetos, entre outros.
Estas medidas foram tomadas, no decurso da sessão extraordinária do Conselho de Administração alargado aos quadros daquela instituição, nomeadamente directores e chefes de departamentos das unidades orgânicas e outros técnicos afectos à área de investimentos, ocorrido, entre os dias 1 e 2 de Dezembro, no distrito de Bilene, província de Gaza.
No encontro, que teve por objectivo analisar os investimentos do INSS e verificar a sua relevância, com vista a tomar decisões sobre o seu futuro, na perspectiva de assegurar a sustentabilidade da instituição a longo prazo, foi decidido sobre a permanência e fortalecimento da participação do instituto em investimentos rentáveis e produtivos, bem como o recuo em empreendimentos que geram prejuízos.
A propósito, o Presidente do Conselho de Administração (PCA) do INSS, Francisco Mazoio, explicou que o instituto vai consolidar a sua participação em investimentos sólidos, que dão retorno, devendo-se, igualmente, envidar esforços no sentido de robustecê-la: “Daremos ainda continuidade àqueles projectos em curso e que são promissores, pois, embora não tenham ainda distribuído dividendos ao nível desejado, têm um processo de crescimento que oferece segurança”, sustentou Francisco Mazoio.
O PCA do INSS ajuntou que a instituição vai ainda ponderar sobre a saída e recuperação dos valores investidos em algumas participações em sociedades.
Pelo seu carácter, as decisões tomadas nesta sessão extraordinária do Conselho de Administração alargada, segundo assegurou Francisco Mazoio, vão determinar o futuro da participação e posicionamento do INSS em diversos empreendimentos.
Ao nível doméstico, os gestores do INSS deliberaram a favor da separação das unidades orgânicas, que lidam com a administração interna, da unidade orgânica que dirige o sector de investimentos.
“Vamos investir na formação dos nossos quadros, especialmente ao nível da área dos investimentos, pois queremos fortalecer a nossa capacidade de governação nesta área, de modo a termos uma plena capacidade técnica de avaliar, fazer estudos de viabilidade dos investimentos e preparar correctamente os processos de tomada de decisão em todos os aspectos que têm a ver com os investimentos”, frisou Francisco Mazoio.
Num outro desenvolvimento, Francisco Mazoio referiu que o INSS tem receitas, obrigações com os beneficiários e fundos de reserva, que devem ser bem administrados, com base em critérios tecnicamente sustentáveis e estudos de viabilidade claros e correctos. “É este desiderato que exige de nós o reforço da capacidade técnica e melhoria da governação na área de investimentos, porque queremos investir para obter resultados positivos para o INSS”, concluiu.
Dos investimentos alocados em diferentes sectores da economia avaliados, até Setembro de 2016, em cerca de 20,700 mil milhões de meticais, distribuídos por activos, destacam-se: 64,66% em depósitos a prazo; 20,32% no desenvolvimento imobiliário; 7,70% em obrigações nas empresas e 6.85 % em participações em sociedades.
De Janeiro a Setembro de 2016, através dos seus investimentos, o INSS gerou rendimentos na ordem de 1,242 mil milhões de meticais dos quais 82% provêm dos depósitos a prazo, 9% das sociedades participadas e os restantes 9% de outras aplicações.
Francisco Mazoio PCA do INSS
Participantes na sessão do Conselho de Administração alargada do INSS
Participantes na Sessão do Conselho de Administração alargada do INSS
Participantes na Sessão do Conselho de Administração alargada do INSS
Foto de família