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PME mocambicanas buscam benefícios da exploração dos abundantes recursos naturais
Mesa que presidiu o Seminario sobre os desafios da Industria e Servicos face a descoberta dos recursos minerais e hidrocarbonetos

No âmbito da realização da 50ª edição da FACIM-Feira Internacional de Maputo, a CTA-Confederação das Associações Económicas de Moçambique, promoveu, sexta-feira última, em Maputo, uma reflexão conjunta sobre a situação dos sectores da indústria e serviços em Moçambique e o desenvolvimento de estratégias capazes de acelerar o crescimento destes sectores, no contexto da exploração de recursos minerais e hidrocarbonetos.

O interlocutor do sector privado nacional pretende, com esta iniciativa, reflectir sobre como as Pequenas e Médias Empresas (PME), que operam no País, poderão tirar benefício da exploração dos abundantes recursos naturais, bem como sobre as políticas do Governo que permitem às PME fornecer serviços e produtos de qualidade às multinacionais.

 

Para o presidente do Pelouro da Indústria, Comércio e Serviços da CTA, Mubarak Abdul Razak, “não há dúvidas que é possível criar uma relação de complementaridade entre os sectores da indústria e serviços e as mineradoras, uma vez que é na indústria onde ocorre a produção dos derivados dos recursos minerais e o meio pelo qual o País pode reduzir a sua dependência e vulnerabilidade face à produção externa”.

Conforme sublinhou Mubarak Abdul Razak, no âmbito das grandes descobertas de recursos minerais e gás natural, que se verificam em Moçambique, nos últimos tempos, facto este que cria novas oportunidades de mercado e de novos investimentos nos sectores industrial e dos serviços, torna-se necessário acelerar as acções, com vista a incutir uma nova dinâmica nestas duas áreas.

 

Intervindo igualmente no seminário, que envolveu agentes económicos, investidores, estudantes e público em geral, o ministro da Indústria e Comércio, Armando Inroga, referiu que o sector da indústria tem estado, nos últimos nove anos, a assegurar o crescimento da economia moçambicana em pouco mais de 23,4 por cento: “Este crescimento agregado ao sector da indústria e comércio tem permitido que Moçambique continue a ter volumes de crescimento de PIB que o distinguem de outros países da região pela consistência de crescimento, tendo como base a cadeia de valor”, frisou.

 

“A indústria de hidrocarbonetos é recente para o volume fiscal que se projecta que venha a ter em Moçambique, muito embora sinais bastante animadores possam ser percebidos através daquilo que tem estado a ser produzido em Pande e exportado para a África do Sul e aquilo que através de Pande tem sido possível transformar e pôr no mercado nacional e ainda mediante as perspectivas de utilização do gás na economia doméstica, sobretudo na região Sul do País”, realçou o governante.

 

Importa referir que, no seminário subordinado ao tema “Desafios da Indústria e Serviços face à Descoberta dos Recursos Minerais e Hidrocarbonetos”, a empresa ENH Logistic fez uma apresentação sobre as oportunidades de negócio e emprego no sector de hidrocarbonetos, enquanto a CTA incidiu a sua abordagem sobre o estágio actual da indústria, constragimentos do sector, expectativas e desafios.

 

Mesa que presidiu o Seminario sobre os desafios da Industria e Servicos face a descoberta dos recursos minerais e hidrocarbonetos

Mesa que presidiu o Seminario sobre os desafios da Industria e Servicos face a descoberta dos recursos minerais e hidrocarbonetos

 

Armando Inroga - Ministro da Industria e Comercio

Armando Inroga – Ministro da Industria e Comercio

 

Mubarak Abdul Razak - Vice Presidente do Pelouro da Industria Comercio e Servicos

Mubarak Abdul Razak – Vice Presidente do Pelouro da Industria Comercio e Servicos

 

Participantes no  Seminario sobre os desafios da Industria e Servicos face a descoberta dos recursos minerais e hidrocarbonetos

 

Participantes no  Seminario sobre os desafios da Industria e Servicos face a descoberta dos recursos minerais e hidrocarbonetos